As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão.
As ruas, de curvas magras, inventam a direção.
O beco, não.
É pequeno, egoísta, quer chamar atenção.
Forte, fraco, carente e brigão.
Todo mundo tem um beco.
Um lugar deixado pra lá.
Uma mania torta.
Louca pra se mostrar.
E não há nada mais gostoso.
Do que quando, num segundo de olhar
A gente descobre no outro.
Um beco pra se morar.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Ontem vi que pouco que vi De tudo que é bonito A gente pouco enxerga Porque o feio manda aqui
Mas ontem vi o pouco E talvez escasso se faça Pra fé se manter erguida Pra que o bobo seja louco
Nenhum comentário:
Postar um comentário