Certas madrugadas são pra ser cantadas nestas canções
Que invadem a facadas, mesmo delicadas, os corações
Eu queria ter certa harmonia pra te encantar
Nessas madrugadas em que a gente paga pra terminar
Sei que sonhos são fisgados nesses vãos
Mesmo por mãos que insistem negar
Feito as minhas no tremor da oração
Poque se vê o que se quer, e eu não quero ver o teu perdão
Certas madrugadas são pra ser jogadas na escuridão
Que cegam as respostas, ganham as apostas e fingem que não
Eu queria ter músicas bonitas pra te cantar
Nessas madrugadas que meu mundo pára pra te adorar
A mentira, na verdade, me abraçou
Acreditar só me faz ser o que sou
Sei que sonhos são fisgados nesses vãos
É o que acontece quando vou pescar, e me percebo uma ilusão.
As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão. As ruas, de curvas magras, inventam a direção. O beco, não. É pequeno, egoísta, quer chamar atenção. Forte, fraco, carente e brigão. Todo mundo tem um beco. Um lugar deixado pra lá. Uma mania torta. Louca pra se mostrar. E não há nada mais gostoso. Do que quando, num segundo de olhar A gente descobre no outro. Um beco pra se morar.
sábado, 25 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
De se saber só
Quando a noite desagua em dia
Ouvia o nó do meu coração apertando
A miudeza das pedrinhas que meus pés iam chutando
No caminho de volta para a cama vazia
Te olhava e não te via
Teu semblante me escapara
Logo, assim, minutos adiante
Me jogava novamente no escuro, errante
A caminho de um sono que não repara
Cada vez que entras, meu peito arde
Toda vez que vais, tu me invade
E sonho um sonho sem fim
Querendo mesmo te fazer alarde
E assim te ter num poquinho de minha vida toda
Só pra mim
Quando a noite desagua em dia
Ouvia o nó do meu coração apertando
A miudeza das pedrinhas que meus pés iam chutando
No caminho de volta para a cama vazia
Te olhava e não te via
Teu semblante me escapara
Logo, assim, minutos adiante
Me jogava novamente no escuro, errante
A caminho de um sono que não repara
Cada vez que entras, meu peito arde
Toda vez que vais, tu me invade
E sonho um sonho sem fim
Querendo mesmo te fazer alarde
E assim te ter num poquinho de minha vida toda
Só pra mim
domingo, 12 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Diz Que Sim Dizendo Não
Ele pisou macio no meu querer
E eu tentando esconder meu chão
Num carpete de coração,
Gelado feito a mão que estendi para mostrar
A minha condição de ser mulher
Que diz que sim dizendo não
Nem esperei o sorriso terminar
Fiz menção de lhe beijar
Um beijo cheio de aflição
Cansado de encostar nas bocas tortas da ilusão
Tremendo por temer nunca aprender
A lingua que é falada no amor
Enfim acariciou o meu pescoço
Disse q'inda era moço
Mas certeza não faltava em seu olhar
E eu me derreti, tirei a roupa
E o frio ardeu-me, me pôs louca
Então amei desesperada
Sem rima, sem sentido nem estrada
Pela primeira vez encharcada
De tanto amar
E eu tentando esconder meu chão
Num carpete de coração,
Gelado feito a mão que estendi para mostrar
A minha condição de ser mulher
Que diz que sim dizendo não
Nem esperei o sorriso terminar
Fiz menção de lhe beijar
Um beijo cheio de aflição
Cansado de encostar nas bocas tortas da ilusão
Tremendo por temer nunca aprender
A lingua que é falada no amor
Enfim acariciou o meu pescoço
Disse q'inda era moço
Mas certeza não faltava em seu olhar
E eu me derreti, tirei a roupa
E o frio ardeu-me, me pôs louca
Então amei desesperada
Sem rima, sem sentido nem estrada
Pela primeira vez encharcada
De tanto amar
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