Eu olho ao redor,
certo de minha visão finita.
busco na fita da memória
alguma história aflita
algum drama
Não acho.
Pois nem abaixo, nem acima
desta rima pobre
que se chama vida
vive ainda o que nós somos
Trocamos os pés pelas mãos
e nos abraçamos
um abraço de banquete de marmita
nesta ilusão que não nos pertence
Não há.
Coisa mais bonita
é ser e só.
o que não nos limita,
corpo ou pó,
tu e eu,
pela lei universal
Temos todo o direito
e somos:
amor incondicional.
As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão. As ruas, de curvas magras, inventam a direção. O beco, não. É pequeno, egoísta, quer chamar atenção. Forte, fraco, carente e brigão. Todo mundo tem um beco. Um lugar deixado pra lá. Uma mania torta. Louca pra se mostrar. E não há nada mais gostoso. Do que quando, num segundo de olhar A gente descobre no outro. Um beco pra se morar.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Divagar Quase Pairando
De certo vi muito longe,
num divagar de monge, esse presente
que parece só meu
Mas se engana quem fala
que, "sê devagar e não resvala"
com a fé de um ateu
De certo não usei óculos de grau
muito menos fé,
pra diferenciar quem é pobre
ou filho de fulano de tal
E pouco me importa!
digo, e digo mesmo;
cego é quem não enxerga o meandro
e se banha de um mundo ao avesso
Cego é quem não vê que
o presente é de todos
aqui ou acolá
seja sozinho ou de bando
O presente é divagar quase pairando.
num divagar de monge, esse presente
que parece só meu
Mas se engana quem fala
que, "sê devagar e não resvala"
com a fé de um ateu
De certo não usei óculos de grau
muito menos fé,
pra diferenciar quem é pobre
ou filho de fulano de tal
E pouco me importa!
digo, e digo mesmo;
cego é quem não enxerga o meandro
e se banha de um mundo ao avesso
Cego é quem não vê que
o presente é de todos
aqui ou acolá
seja sozinho ou de bando
O presente é divagar quase pairando.
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