sexta-feira, 3 de julho de 2009

Bárbara

Não vejo graça na bárbara graça do Rio
E até sorrio um sorriso capenga
Que de saudade já não há quem entenda
Melhor do que a fenda vigiando meus olhos
Digo; até sinto culpa pelo desdém
Mas, lugar nem ninguém tem beleza completa
Quiçá passos encantados de borboleta
Como ela tem

Vejo pouca graça na bárbara graça do Rio
Mas o navio do sorriso brilhante já aponta na Guanabara
E da fenda, saltitante abraço, quase concreto
De certo colorindo o caminho
Chegando enfim, calando os braços abertos
Me enchendo de carinho
E a bárbara graça do Rio se rende
E se estende para a graça de Bárbara
E a graça de Bárbara entende
Que sem ela não sou nada

Um comentário:

  1. A coisa mais linda queeu já li.
    A mais.
    Ah, como eu te amo!
    Beijo no nariz, meu poeta!

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