De certo vi muito longe,
num divagar de monge, esse presente
que parece só meu
Mas se engana quem fala
que, "sê devagar e não resvala"
com a fé de um ateu
De certo não usei óculos de grau
muito menos fé,
pra diferenciar quem é pobre
ou filho de fulano de tal
E pouco me importa!
digo, e digo mesmo;
cego é quem não enxerga o meandro
e se banha de um mundo ao avesso
Cego é quem não vê que
o presente é de todos
aqui ou acolá
seja sozinho ou de bando
O presente é divagar quase pairando.
Talento de sobra!
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