Quântico cântico
Certo ou não
Da borda pro fundo
Do infinito coração
Todo dia me some uma nota
E me brota a mudez branca
Ensaio a cegueira de José
E o que sobra me espanta
Porque cego, vejo mais do que quem vê
E mudo, canto mais do que quem canta.
As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão. As ruas, de curvas magras, inventam a direção. O beco, não. É pequeno, egoísta, quer chamar atenção. Forte, fraco, carente e brigão. Todo mundo tem um beco. Um lugar deixado pra lá. Uma mania torta. Louca pra se mostrar. E não há nada mais gostoso. Do que quando, num segundo de olhar A gente descobre no outro. Um beco pra se morar.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Samba e Amor
Vai alta madrugada em Botafogo
Envolvo meus passos no ritmo da canção
Talhada a encanto, suspiro e beleza
No fone interno da minha cabeça
Planejo cada acorde
Para que não te acordes
Desse nosso mundo
Toda pausa é um beijo
E, pra tua "covinha", me mudo
Do teu cheiro no meu braço
Faço um naipe de sopros
E o Baixo Voluntários todo dança
E caminho até em casa, compondo
Porque amor é música
E quem ama não cansa.
Envolvo meus passos no ritmo da canção
Talhada a encanto, suspiro e beleza
No fone interno da minha cabeça
Planejo cada acorde
Para que não te acordes
Desse nosso mundo
Toda pausa é um beijo
E, pra tua "covinha", me mudo
Do teu cheiro no meu braço
Faço um naipe de sopros
E o Baixo Voluntários todo dança
E caminho até em casa, compondo
Porque amor é música
E quem ama não cansa.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Sinestesia
O choro alegre de Anna
Na cama, formava poças
Rosas e sais, lama
Casais ancorados ao cais
Só Anna, só, Anna
Tudo que é sentido
Sentido faz
Calafrio na sauna,
Irresponsabilidade capaz
Só ama quem tem tino?
O sorriso amargo de Anna
Engana. É muito rio
Pra pouco barco
Felicidade gris
Flecha sem arco.
Na cama, formava poças
Rosas e sais, lama
Casais ancorados ao cais
Só Anna, só, Anna
Tudo que é sentido
Sentido faz
Calafrio na sauna,
Irresponsabilidade capaz
Só ama quem tem tino?
O sorriso amargo de Anna
Engana. É muito rio
Pra pouco barco
Felicidade gris
Flecha sem arco.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Cadê o Interruptor?
Madrugada a beira mar
A calçada imitava o meu andar
Procurava sem saber o que encontrar
Obviamente ativei minha visão,
Visão de raio x
O desespero me bateu
Meu cigarro de repente se acendeu
Quis gritar, mas minha voz emudeceu
Meus amigos me atiraram à solidão
O que aconteceu?
As vezes as respostas estão no escuro
Cadê o interruptor?
Música pro filme Kabbalah
A calçada imitava o meu andar
Procurava sem saber o que encontrar
Obviamente ativei minha visão,
Visão de raio x
O desespero me bateu
Meu cigarro de repente se acendeu
Quis gritar, mas minha voz emudeceu
Meus amigos me atiraram à solidão
O que aconteceu?
As vezes as respostas estão no escuro
Cadê o interruptor?
Música pro filme Kabbalah
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Instantim
Quem trocar o tempo pelo vento
Sempre irá chegar
Armado de horários, a mando de sorrisos
Sempre disponíveis em qualquer lugar
Quem corre pra alcançar, cansa de escapar
Num fio que é minuto
Ponteiros tão precisos
Sempre imprevisíveis a quem precisar
Hoje, o vento voa e leva o tempo meu
Não te vejo rir agora,
Mas, quem sabe em uma hora,
Eu encontre o tempo teu
E traga ele pra mim
Só um instantim, só um instantim
Apressa o que é de se viver
Conversa o que é de se matar
Avesso é o resultado. O inverso presumível
E o assovio do vento sempre lá
São, tão leves, corações parados no ar
Olhando seus relógios
Amando de suspiros
Sempre tão incríveis pra poder ficar
Hoje, o tempo voa e leva o vento meu
Não te vejo rir agora,
Mas, quem sabe em uma hora,
Eu encontre o vento teu
E traga ele pra mim
Só um instantim, só um instantim...
Sempre irá chegar
Armado de horários, a mando de sorrisos
Sempre disponíveis em qualquer lugar
Quem corre pra alcançar, cansa de escapar
Num fio que é minuto
Ponteiros tão precisos
Sempre imprevisíveis a quem precisar
Hoje, o vento voa e leva o tempo meu
Não te vejo rir agora,
Mas, quem sabe em uma hora,
Eu encontre o tempo teu
E traga ele pra mim
Só um instantim, só um instantim
Apressa o que é de se viver
Conversa o que é de se matar
Avesso é o resultado. O inverso presumível
E o assovio do vento sempre lá
São, tão leves, corações parados no ar
Olhando seus relógios
Amando de suspiros
Sempre tão incríveis pra poder ficar
Hoje, o tempo voa e leva o vento meu
Não te vejo rir agora,
Mas, quem sabe em uma hora,
Eu encontre o vento teu
E traga ele pra mim
Só um instantim, só um instantim...
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