sexta-feira, 16 de julho de 2010

Maresia

Então a maresia noturna de Copacabana me corroeu
Logo eu, pensei.
Minha ressaca ali nas ondas do mar
Como um sorriso teu bem de perto
Quase um beijo. Ímpar
Me vi salgado, deserto
De certo assim, com a alma à mostra
Encosta-me a solitude; ambar

Um saveiro contra a rocha
Quem seria o marinheiro?
Quanta dor já desabrocha
Até parece que, da fila, eu sou o primeiro
Olho pra trás, te vejo em milhares
Mas quando me olhares, quem verás?

Minha ressaca ali nas ondas
Dou um sorriso pro chinelo
Como o sol que desponta, amarelo
A saudade me esconde a alma
O sono eu cancelo
Sofro porque sou feliz
Amo porque quero

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