As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão.
As ruas, de curvas magras, inventam a direção.
O beco, não.
É pequeno, egoísta, quer chamar atenção.
Forte, fraco, carente e brigão.
Todo mundo tem um beco.
Um lugar deixado pra lá.
Uma mania torta.
Louca pra se mostrar.
E não há nada mais gostoso.
Do que quando, num segundo de olhar
A gente descobre no outro.
Um beco pra se morar.
sábado, 29 de maio de 2010
Moinhos de Vento
Cato o vento pra salvar meu cantinho Cata-vento de carinho
Gira lento como a terra Rangendo, ode à guerra
Me queimando o coração Vai o vento espalhando a canção
Busca o peito a água benta; redentora Mas tudo o que resta me enxarca o olho Chora.
Triste, mas bonito.
ResponderExcluirBeijo.