Promessa é dúvida.
Palavra pouco atrevida.
Vida se faz em trinta anos
ou em seis meses
Me apoio na palavra,
pois, de flor rasgada
basta meu nome
Coloco meu fone
e ouço
respingando em cada música
o teu abraço
E olhando pro lado de lampejo,
de supetão,
mesmo nos piores dias,
Me encontro e me perco,
no teu braço, no nosso beijo
E almejo que tudo seja sempre assim
Porque a vida é
o avesso da calma
A vida é o cimento da alma.
E na palma da minha mão,
em uma daquelas linhas,
Aquela maior, exatamente naquele curso,
meu pulso vibra em comunhão
Podem me ditar o melhor discurso,
mas hoje sou o mais feliz
Porque teu habitat é o meu coração.
As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão. As ruas, de curvas magras, inventam a direção. O beco, não. É pequeno, egoísta, quer chamar atenção. Forte, fraco, carente e brigão. Todo mundo tem um beco. Um lugar deixado pra lá. Uma mania torta. Louca pra se mostrar. E não há nada mais gostoso. Do que quando, num segundo de olhar A gente descobre no outro. Um beco pra se morar.
segunda-feira, 28 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Morno
De tudo que não tenho
pouco me falta. Mesmo!
Flauta assobiando no olhar,
mar ancorado em meus pés
e túneis que, na língua, viram beijos
E esse revés?
Espelho meu empoeirado,
maltratado pela ferrugem?
Urgem os meus sistemas,
porque sou louco, pois falta tão pouco,
uma vírgula apenas
E eu aqui,
ao invés de dormir,
escrevendo poemas.
pouco me falta. Mesmo!
Flauta assobiando no olhar,
mar ancorado em meus pés
e túneis que, na língua, viram beijos
E esse revés?
Espelho meu empoeirado,
maltratado pela ferrugem?
Urgem os meus sistemas,
porque sou louco, pois falta tão pouco,
uma vírgula apenas
E eu aqui,
ao invés de dormir,
escrevendo poemas.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Vida
Pincel é igual a quadro,
quadro é igual à tinta;
Crase no sorriso,
pinta maquiada;
Nada além de branco,
banco torto;
Qualquer papel é encosto
o bar te finta
Minta, que eu vou te abraçar,
atremar ao teu discurso
"Quinta" vez que te falo
me calo
Milésima vez de absurdo
mudo
E com tudo
não deixo de amar.
quadro é igual à tinta;
Crase no sorriso,
pinta maquiada;
Nada além de branco,
banco torto;
Qualquer papel é encosto
o bar te finta
Minta, que eu vou te abraçar,
atremar ao teu discurso
"Quinta" vez que te falo
me calo
Milésima vez de absurdo
mudo
E com tudo
não deixo de amar.
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