segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Gratidão

Eu sou grato;
Apesar de não ter sapato,
Ando pelo mundo
Vagabundo, artista
O botequim é minha revista
O uísque, o sorriso e o abraço
São meus pães
Mas, mães não são mães
Mãe é mãe!
Ainda mais quando é professora
Matemática e poesia não rimam não
Com todo perdão,
O que rima é: Mãe e coração.
E todo meu legado,
Mais sincero, mais valente
É um grito estridente
De muito obrigado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Calos

De papel em branco
Tão raso, tão santo
Dúbia, a mente nossa, é feita
Que possa, um dia, ser fábrica
Ser riso de lágrima
Ser coro, segundo a náutica,
De um vento só

Noroeste, sudeste,
Jangada e cipó
Que eu trepe com você
Sem pensar, em momento nenhum,
Como descer;
Ascender à partir dos fogos,
Ao invés de esperar o fogo acender

Os calos não são regras
Muito pelo crontrário,
São pregas na alma, são silêncio
E calado, encontro o que me falta
Enquanto falas como se fosse um cú

Eu nasci nu
E tu?