quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Teta

Escrevo como um manco
onde a tela é a casa
mas, falta sempre um móvel,
um papel em branco

Por isso hoje sou maneta
mas não sei caminhar,
sou careta, porém
só sei beber

Sou um tanso,
pois aprendo tanto vivendo
que me rendo ao teclado

É errado, eu sei,
mas tenho paciência

Sou um programa sem vinheta,
e digo que, punheta, seria a rima certa,
ou a que a multidão clamaria

Eu masturbo o verso
à revelia,
mas me falta pedra, papel e caneta

Me falta a teta
não o leite.

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