As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão.
As ruas, de curvas magras, inventam a direção.
O beco, não.
É pequeno, egoísta, quer chamar atenção.
Forte, fraco, carente e brigão.
Todo mundo tem um beco.
Um lugar deixado pra lá.
Uma mania torta.
Louca pra se mostrar.
E não há nada mais gostoso.
Do que quando, num segundo de olhar
A gente descobre no outro.
Um beco pra se morar.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O Escafandro e a Borboleta
Nesse mundo onde bruxa é fada
Não me encanto mais com nada
Canto porque é só o que me resta
E todo meu amor
É um beijo na testa.
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