Termino o dia lendo um post it
uma lenda de amor,
coberta pelo azar do palpite
Que vida que interessa
é essa de dois pés que esperam a onda
tipo ronda de mar raso, sem pressa
Feito maré
que espanta mané da areia,
mas eu não.
Eu finco meu pé e espero
a maré cheia
Pra saber da profundidade,
das minúcias, astúcias
de minha divindade
E se sinto saudade
é só Lua cheia
Termino o dia lendo um post it
uma lenda de amor,
alergia
Minha dosagem exata
de alegria e desquite
meu remédio pra rinite.
Meu Próprio Carnaval
As avenidas, em linhas largas, transbordam em multidão. As ruas, de curvas magras, inventam a direção. O beco, não. É pequeno, egoísta, quer chamar atenção. Forte, fraco, carente e brigão. Todo mundo tem um beco. Um lugar deixado pra lá. Uma mania torta. Louca pra se mostrar. E não há nada mais gostoso. Do que quando, num segundo de olhar A gente descobre no outro. Um beco pra se morar.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
terça-feira, 4 de março de 2014
Bundas
Vidrado em folhas;
bolhas brancas dançando
O incesto do carnaval
mal começa e se esvai
Trajando a mudez,
a escassez do rapaz
Que traja tinta branca
e arranca suspiros
Leva pra casa migalhas de amor
e a dor de um tiro
Que não mata, mas expõe
a alma profunda
Cansada de tantas cadeiras
pra sua bunda.
bolhas brancas dançando
O incesto do carnaval
mal começa e se esvai
Trajando a mudez,
a escassez do rapaz
Que traja tinta branca
e arranca suspiros
Leva pra casa migalhas de amor
e a dor de um tiro
Que não mata, mas expõe
a alma profunda
Cansada de tantas cadeiras
pra sua bunda.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Chupa 3D!
O que nos faz acreditar, senão a qualidade de questionar?
O homem é burro por simplesmente ignorar as estrelas, o absoluto.
Um ser astuto, mas que delega o seu próprio comando a um ser barbudo,
dirigente do universo, mas que com toda a prosa e verso existente,
prefere a gente aqui, nesse planeta azulzinho minúsculo.
E, pasmem! Tem até concorrente.
Um ser descontente, que ao invéns de barba resolveu ter chifres.
É que, pra se ter barba, basta não aparar,
mas para ter chifres é preciso mentalizar!
Há!
Ora, enquanto o homem da terra não se der conta
de que é uma minúscula ponta de um corpo, uma célula,
nunca fará parte daquela verdadeira vida.
Que clama só por um amanhecer do ser humano.
É que pra ser humano, basta viver,
mas pra viver é preciso entender!
Há!
Entender que o Diabo é o próprio verbo, o susto,
o ego que nos faz subviver.
O que tem seu valor, claro, como uma ilusão.
Onde vivemos o agora.
Uma doença entre crentes e ateus.
Entender que somos o câncer ou a cura.
Entender que somos o corpo de Deus.
O homem é burro por simplesmente ignorar as estrelas, o absoluto.
Um ser astuto, mas que delega o seu próprio comando a um ser barbudo,
dirigente do universo, mas que com toda a prosa e verso existente,
prefere a gente aqui, nesse planeta azulzinho minúsculo.
E, pasmem! Tem até concorrente.
Um ser descontente, que ao invéns de barba resolveu ter chifres.
É que, pra se ter barba, basta não aparar,
mas para ter chifres é preciso mentalizar!
Há!
Ora, enquanto o homem da terra não se der conta
de que é uma minúscula ponta de um corpo, uma célula,
nunca fará parte daquela verdadeira vida.
Que clama só por um amanhecer do ser humano.
É que pra ser humano, basta viver,
mas pra viver é preciso entender!
Há!
Entender que o Diabo é o próprio verbo, o susto,
o ego que nos faz subviver.
O que tem seu valor, claro, como uma ilusão.
Onde vivemos o agora.
Uma doença entre crentes e ateus.
Entender que somos o câncer ou a cura.
Entender que somos o corpo de Deus.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Cinquenta e 2 mil anos
Eu olho ao redor,
certo de minha visão finita.
busco na fita da memória
alguma história aflita
algum drama
Não acho.
Pois nem abaixo, nem acima
desta rima pobre
que se chama vida
vive ainda o que nós somos
Trocamos os pés pelas mãos
e nos abraçamos
um abraço de banquete de marmita
nesta ilusão que não nos pertence
Não há.
Coisa mais bonita
é ser e só.
o que não nos limita,
corpo ou pó,
tu e eu,
pela lei universal
Temos todo o direito
e somos:
amor incondicional.
certo de minha visão finita.
busco na fita da memória
alguma história aflita
algum drama
Não acho.
Pois nem abaixo, nem acima
desta rima pobre
que se chama vida
vive ainda o que nós somos
Trocamos os pés pelas mãos
e nos abraçamos
um abraço de banquete de marmita
nesta ilusão que não nos pertence
Não há.
Coisa mais bonita
é ser e só.
o que não nos limita,
corpo ou pó,
tu e eu,
pela lei universal
Temos todo o direito
e somos:
amor incondicional.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Divagar Quase Pairando
De certo vi muito longe,
num divagar de monge, esse presente
que parece só meu
Mas se engana quem fala
que, "sê devagar e não resvala"
com a fé de um ateu
De certo não usei óculos de grau
muito menos fé,
pra diferenciar quem é pobre
ou filho de fulano de tal
E pouco me importa!
digo, e digo mesmo;
cego é quem não enxerga o meandro
e se banha de um mundo ao avesso
Cego é quem não vê que
o presente é de todos
aqui ou acolá
seja sozinho ou de bando
O presente é divagar quase pairando.
num divagar de monge, esse presente
que parece só meu
Mas se engana quem fala
que, "sê devagar e não resvala"
com a fé de um ateu
De certo não usei óculos de grau
muito menos fé,
pra diferenciar quem é pobre
ou filho de fulano de tal
E pouco me importa!
digo, e digo mesmo;
cego é quem não enxerga o meandro
e se banha de um mundo ao avesso
Cego é quem não vê que
o presente é de todos
aqui ou acolá
seja sozinho ou de bando
O presente é divagar quase pairando.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Alinhamento
Uni o verso.
Ao inverso do que disse.
Reparei crendice em todo canto
como se fosse música.
E o encanto se tornou túnica,
espanto, murmúria
Sondei a alma
na calma da certeza.
Reparei que era astuto em toda frase,
como se fosse a prosa
a base da destreza.
No momento do raio,
vi que o som era mudo,
e que viver é ponto de vista
Ou luto ou absoluto.
Ao inverso do que disse.
Reparei crendice em todo canto
como se fosse música.
E o encanto se tornou túnica,
espanto, murmúria
Sondei a alma
na calma da certeza.
Reparei que era astuto em toda frase,
como se fosse a prosa
a base da destreza.
No momento do raio,
vi que o som era mudo,
e que viver é ponto de vista
Ou luto ou absoluto.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Despertar
Quando amanhece no quintal do meu ser
sinto que viver
já faz parte de mim
E que é preciso bagunçar o final
pra que todo mal
seja limpo enfim
O amanhã é agora pra quer assim
E o que foi
não é nada além de mim
E não há saudade
todos somos eu você
A liberdade vem pra quem quiser se perder
Não há bondade pois a intenção já findou
Só o amor
que brotou do um.
sinto que viver
já faz parte de mim
E que é preciso bagunçar o final
pra que todo mal
seja limpo enfim
O amanhã é agora pra quer assim
E o que foi
não é nada além de mim
E não há saudade
todos somos eu você
A liberdade vem pra quem quiser se perder
Não há bondade pois a intenção já findou
Só o amor
que brotou do um.
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